07/11/2011

Hoje vou relatar meu pior dia até agora...
A última quarta-feira (02/11/2011). Muit@s de vocês já sabem algo sobre, porque foi impossível não comentar, ao ver um nome amigo ficar on line no Facebook.
Bem, quarta-feira é o meu dia mais cheio durante a semana, pois as crianças tem diversas atividades após a escola, que neste dia acaba mais cedo (às 12h, normalmente acaba às 15h). Sendo assim, na última quarta eu tive que aprender diversos caminhos novos para cada aula, além do caminho do supermercado, que eu não sabia que não tinha fixado direito.
Meu host, então, me mostrou os dois caminhos mais distantes que eram totalmente novos pra mim, o da aula de hipismo da Aspelin (11 anos) e de golf do Quinten (7 anos). Ele ia dirigindo o carro dele e eu ia seguindo no "meu".
Primeira dificuldade: a velocidade, para chegar aos dois destinos, precisávamos pegar autoestradas, onde as pessoas aqui dirigem até a 120km/h. Eu nunca tinha dirigido nem a 90km/h e tinha, definitivamente, que seguir o limite de velocidade, pois chega a ser perigoso dirigir a menos do que a sinalização pede. Mas isso eu acostumei fácil, no segundo caminho já tava entendendo melhor a sinalização e as saídas da autoestrada que eu precisava pegar.
Depois de me mostrar esses caminhos, Ton foi comigo até o supermercado onde eu teria que fazer algumas compras, o Albert Heijn (esse supermercado tem uma rede enorme, mas permanece exclusivamente na Holanda, e tem uma sistemática pessoal de se fazer as compras, da maneira que se pega o carrinho ao pagamento no caixa, o que serve de motivo pra vários outros países da europa fazerem piadas com os costumes holandeses). No entanto, quem disse que eu sabia como voltar? Eu tinha feito esse caminho uma vez, mas com o Ton dirigindo e simplesmente não lembrava como voltar... pra completar, eu não tinha mapa. Então começou a agonia. Sabia que tinha que pegar a autoestrada pra voltar, mas não sabia a saída correta pra voltar  pra casa. E tinha que pensar nisso muito rápido, porque eu tava no mínimo a 100km/h! Portanto, tudo passava muito rápido e eu não conseguia raciocinar direito.
Quando eu saía da auto e ia parar em algum lugar em que podia ver gente e perguntar informação, a maioria das pessoas tava de bicicleta, e tornava mais difícil pra eu, dentro do carro, conseguir perguntar a algo a alguém. Quando via alguém andando, a maioria era velhinho (se bem que muitos andam de bicicleta também, acho incrível! Só imagino minha mãe indo pro supermercado de bicicleta! hehe), e são poucos os que falam inglês por aqui. Daí via um adulto e esperança, mas cadê que sabia me dar a informação ou ao menos a direção certa?!
Passou meia hora e eu não me encontrava. Chegou a uma hora e eu comecei a me desesperar, chorar, esculhambar todo o maldito e hostil povo holandês (a impressão que eu tinha é que eles não queriam ser abordados, quanto mais me ajudar) que não servia nem pra me dar uma informação e assim eu ia ficar, perdida pra sempre, e assim ia perder todos os compromissos do dia (pegar as crianças na escola, deixar nas atividades à tarde).
Então, estacionei o carro, parei e chorei mais ainda. Saí e abordei um ciclista, com o rosto vermelho de chorar, dizendo que precisava do google pra me localizar. Dai ele voltou  em casa, pesquisou o destino, imprimiu e levou a rota pra mim. Quando vi, nem acreditei, nem soube como agradecer! (então, eles não são tão hostis assim né? =)Mas ele tinha me entendido errado e tava me guiando pra outro lugar so far away... em seguida, nos estendemos e ele foi me guiando de bicicleta até um lugar que me ajudaria a achar o caminho. Mas, só no fim percebi depois, mas meu problema maior todo estava numa rotatória que eu não sabia a saída certa. E, novamente, fui pro caminho errado!
Dessa vez, fui parar numa autoestrada a caminho de Köln, na Alemanha! hahahahahaha Aí pronto, já comecei a rir de mim mesma... pensando onde diabos eu ia parar! ahuahuahuahua
Entretanto, depois de pegar  tantos caminhos errados, comecei a entender como funcionavam os retornos nas autoestradas e isso ajudou bastante. Depois de um tempo, me encontrei e enfim cheguei em casa, depois de umas duas horas perdida!
Quando cheguei em casa, adivinha o que tinha que fazer? Dirigir, dirigir e dirigir!
Nesse dia, ainda me perdi  a caminho da aula do Quinten, quando cheguei lá, atrasada uma meia hora, ele tava chorando e eu terminei de chorar com ele... Imagina a cena! hehe
Enfim, este foi o dia em que tudo que eu precisei foi um abraço quente e amigo, algo que eu ainda não posso encontrar por aqui. No entanto, ganhei vários abraços virtuais importantíssimos pra mim!  Obrigada, amig@s!!!

Aviso logo que próximo post vem com fotos e histórias sobre Ultrech e Amsterdam! :D

Um comentário:

  1. Que aventura!!!! Foi na raça ai, viu??? Mas aposto que lembrando agora de tudo, você não mudaria uma vírgula do que aconteceu =D Beijos!

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